Marcando um dia significativo para o fortalecimento dos direitos e prerrogativas das mulheres no campo jurídico, o primeiro dia da Conferência Estadual da Mulher Advogada reuniu juristas e autoridades em um debate sobre temas que evidenciaram a força feminina. O evento, promovido pela Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC), contou, na abertura, com atividades culturais, incluindo uma homenagem a todas as guerreiras da área jurídica.
A palestrante Ana Paula Blazute, advogada e professora renomada, compartilhou suas experiências pessoais e profissionais, destacando as barreiras que enfrentou ao longo de sua carreira. Ela apontou a persistência na busca pela conquista da carreira como ponto alto.
“Ser uma representante feminina é muito importante, pois sempre enfrentei algumas barreiras. Desde que comecei a dar aulas, principalmente para carreiras policiais, a maioria dos professores eram homens, assim como na advocacia. A mulher vem conquistando espaço”, afirmou Blazute.
Na cerimônia de abertura, o presidente da Seccional, Rodrigo Aiache, enfatizou a importância das atividades desenvolvidas no evento, construindo consenso em torno de uma defesa que deve ser encampada por toda a classe.
“A conferência serve para escutarmos, do fundo da alma, a advocacia, para que possamos alcançar ainda mais os direitos e as prerrogativas da mulher advogada. Este é um tempo de discussão, um tempo de ouvir, para que possamos, de fato, construir caminhos que sejam bons para a mulher advogada e para a sociedade”, afirmou o representante da Ordem.
A vice-presidente da OAB/AC, Socorro Rodrigues, agradeceu a participação e o envolvimento da classe e ressaltou a força e a resiliência das mulheres.
“Todas as mulheres presentes são representantes da advocacia pública e privada em uma luta muito importante. Quando realizamos nossas atividades com amor, conseguimos conquistar bons frutos”, detalhou Socorro Rodrigues.
Patrícia Peixoto, presidente da Comissão da Mulher Advogada, discorreu sobre a relevância de eventos como a Conferência da Mulher Advogada para o contínuo avanço das conquistas.
“Eventos desta natureza devem ser contínuos, porque não podemos admitir retrocessos, e são essenciais ações para que possamos ocupar nossos espaços. Na busca pela igualdade e equidade, precisamos, antes de tudo, dialogar, e não apenas digladiar. Vale a reflexão sobre a força das mulheres que, mesmo com toda a invisibilidade ao longo da história, souberam buscar a liberdade e a igualdade, exercendo um papel de protagonistas de suas histórias”, afirmou.
A Conferência Estadual da Mulher Advogada, que termina nesta sexta-feira, dia 7, reforça a necessidade de ouvir, debater e construir caminhos que promovam a equidade de gênero, garantindo que as advogadas possam exercer suas profissões com dignidade e respeito.